Encontros e devaneios.
Cada dia que passa me surpreendo ainda mais comigo mesmo. E me admiro. Sabe, você não tem idéia do quão difícil era para mim gostar de alguém, me encantar, apaixonar o que fosse. Sou do tipo que não se abala com qualquer deixa, e não se deixa levar com meras palavras bonitas ou juras de amor. Sinceramente não sei o que pretendia quando tudo aquilo me dizia, não faço idéia de seus objetivos ao interferir completamente nos meus. Não sei como se sentia ao me ver cada vez mais apegado, cada vez mais submisso a ti. Devia ser um espetáculo, em que dia a dia passo a passo, você conquistava, descobria, comandava. Não sei como me deixei levar, não sei em que momento vi tudo desandar e fiquei preso em seus mistérios e servi pura e totalmente a suas vontades. Na verdade talvez eu tenha tentado entender demais, talvez tudo o que você me dizia fosse realmente verdade. Talvez você sofresse por minha causa muito mais do que eu pensava que penava por ti. Talvez agora mesmo você esteja lendo nossas cartas, vendo nossas fotografias escutando nossa música, e se perguntando até quanto eu me comprometi, e até quanto nossas expectativas foram sinceras. Não sei onde nos perdemos, acho que você se cansou de mim, das minhas dúvidas e descrenças. Talvez eu tenha me cansado de estar apaixonado por você, e não com você. Isso nunca deu muito certo mesmo, essa não foi a primeira vez, e sinceramente espero que não seja a última, sempre há caminhos para se descobrir e trilhar. Só espero não seguir o mesmo ritmo e não chegar ao mesmo lugar, a lugar nenhum. Espero realmente ter aprendido a dar valor e a acreditar nas pessoas, espero poder quando conhecer alguém me doar por completo, ser verdadeiro de verdade. Por agora fico com minha segunda experiência exatamente igual, fico com as lembranças, com as fotografias, e com a dúvida. A dúvida de antes mesmo pensar em ser correspondido, é se de fato transpareci tamanho sentimento. Gregory Malthus

1 comentários:

Caco disse...

Gostei muito desse teu texto.

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